Coronavírus no Celular: Até 96 Horas! Como Limpar?

Os smartphones, em circunstâncias normais, já são grandes coletores de germes. Contudo, com a propagação do novo coronavírus, eles se transformaram em potenciais vetores de contaminação. É alarmante que o vírus possa persistir na tela do seu celular por vários dias.

Persistência do Vírus: Até 96 Horas

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) alerta que a contaminação por COVID-19 pode ocorrer ao tocar em uma superfície contaminada com o vírus SARS-CoV-2 e, posteriormente, levar as mãos à boca, nariz ou até mesmo aos olhos. Por isso, o CDC recomenda a higienização e desinfecção diária de “superfícies de alto contato”.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que o vírus SARS original, de 2003, apresentava estabilidade em superfícies de vidro por até 96 horas (quatro dias). Em superfícies de aço inoxidável e plástico, essa duração era de até 72 horas (três dias). Para detalhes adicionais, consulte a página 29 do relatório da OMS sobre o vírus SARS original, intitulado “Estabilidade e resistência do coronavírus SARS”, disponível neste link.

Um estudo recente realizado pelo Instituto Nacional de Saúde indicou que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) pode sobreviver em superfícies como plástico e aço inoxidável por até 72 horas (três dias).

Embora os cientistas ainda não tenham testado a longevidade do novo coronavírus em vidro, os resultados obtidos até agora são semelhantes aos do vírus SARS anterior.

Com base nas informações atuais, é prudente supor que o novo coronavírus pode permanecer ativo e infeccioso em superfícies de vidro por até quatro dias. Isso inclui dispositivos com tela de vidro, como iPhones, smartphones Android, iPads e laptops Windows com tela sensível ao toque.

Higienização Após o Uso Público

Teoricamente, seria possível isolar seu celular por quatro dias após o uso para garantir a ausência do novo coronavírus. No entanto, na prática, o manuseio constante do aparelho aumenta a possibilidade de transferência do vírus para outras superfícies. Devido à persistência do coronavírus em superfícies de vidro, a desinfecção regular do smartphone é crucial.

Para sua segurança, recomenda-se higienizar o celular sempre que utilizá-lo em locais públicos. Ao retornar para casa, lave as mãos adequadamente e, simultaneamente, higienize seu smartphone. Caso lave as mãos, mas não higienize o celular, ao tocá-lo, você poderá transferir o vírus SARS-CoV-2 para os dedos e, consequentemente, para outras superfícies ou para o rosto, aumentando o risco de infecção.

Se você planeja ficar fora de casa por um período prolongado, considere o uso regular de lenços desinfetantes para limpar seu celular, de maneira semelhante ao uso de álcool em gel ou à lavagem das mãos. Evite tocar no rosto, especialmente após manusear o celular, que pode estar contaminado.

Uma tela de celular contaminada também representa um risco caso precise encostar o aparelho no rosto durante uma chamada. Portanto, é essencial manter seu celular o mais limpo possível.

Se você possui um Apple Watch, pode usar o Apple Pay para realizar pagamentos sem a necessidade de tocar no celular. No entanto, lembre-se de higienizar seu relógio junto com suas mãos e smartphone. Outros smartwatches e pulseiras fitness também oferecem opções de pagamento por aproximação, como os relógios Galaxy Watch (Samsung Pay), smartwatches Google Wear OS (Google Pay) e alguns modelos Fitbit (Fitbit Pay).

Duração do Vírus em Outras Superfícies

O estudo do NIH também constatou que o vírus pode permanecer ativo em papelão por até 24 horas, em cobre por até quatro horas e, em forma de aerossol, por até três horas. Para mais informações, consulte este artigo sobre a persistência do coronavírus em diferentes superfícies.

É importante ressaltar que, tecnicamente, vírus não são considerados “vivos”. Portanto, a expressão “tempo de vida” nas superfícies é imprecisa. Utilizamos “vivos” para indicar se o vírus ainda é capaz de infectar. Após um período fora de uma célula viva, exposto aos elementos, o vírus se decompõe, perdendo a capacidade de infectar.