Ao descarregar aplicações, frequentemente surge a opção de escolher entre a versão instalável e a versão portátil. Se o termo “aplicação portátil” é novo para si, é natural questionar as suas implicações e razões. Por que nem todas as aplicações são projetadas para serem portáteis, dado que é tecnicamente possível? Este artigo explora as vantagens e desvantagens de usar uma versão portátil versus uma versão instalável, e analisa por que alguns aplicativos oferecem versões portáteis enquanto outros não.
Uma aplicação portátil é um programa que pode ser executado imediatamente, sem a necessidade de qualquer instalação no sistema. Funciona como uma instância independente, não requer configuração prévia e está pronta a usar instantaneamente. Imagine-a como uma lâmpada que se conecta a qualquer tomada padrão.
Por outro lado, uma aplicação instalável exige um processo de configuração, que pode levar de alguns minutos a uma hora, dependendo da complexidade do software. Só poderá usar a aplicação após a conclusão bem-sucedida dessa configuração. Considere-a como uma lâmpada especial que necessita de um suporte específico ou de uma nova instalação elétrica antes de poder ser usada.
Comparativo Detalhado: Aplicações Portáteis vs. Instaláveis
Aplicações Portáteis | Aplicações Instaláveis |
Todos os ficheiros necessários para o funcionamento da aplicação estão armazenados na mesma pasta que o executável (arquivo EXE). | Uma aplicação instalável guarda ficheiros em diversas localizações, incluindo a sua própria pasta dentro da pasta “Arquivos de Programas”, a pasta “App Data” no perfil do utilizador, e outros locais. |
Uma aplicação portátil não altera o registro do Windows. | Uma aplicação instalada pode, ou não, modificar o registro. Ao desinstalar, essas alterações nem sempre são revertidas. |
É possível mover uma aplicação portátil para qualquer unidade de armazenamento ou dispositivo externo, mantendo a sua funcionalidade. | Mover uma aplicação instalada não é uma tarefa simples. Normalmente, é necessário desinstalar e reinstalar. Mover apenas os ficheiros causa a quebra de links e pode levar a erros. |
Uma aplicação portátil pode não reter as suas preferências e configurações pessoais, como ficheiros e diretórios utilizados recentemente. | Uma das maiores vantagens de instalar uma aplicação é a possibilidade de personalizá-la. Aplicações como o Photoshop, por exemplo, guardam informações sobre as ferramentas e barras de ferramentas utilizadas, evitando a necessidade de configuração repetida. |
Pode executar uma aplicação portátil diretamente de uma fonte externa, como um dispositivo USB, sem precisar copiá-la para o disco local. | Uma aplicação instalável requer instalação antes da execução e geralmente não pode ser instalada em dispositivos de armazenamento externos. Algumas aplicações insistem em ser instaladas na mesma unidade do sistema operativo. |
É menos provável que uma aplicação portátil danifique ficheiros críticos do sistema, pois não altera o registro do Windows. | A instalação de uma aplicação pode resultar em danos aos ficheiros do sistema, dado que a aplicação necessita de permissões para modificar o sistema de forma a ser configurada corretamente. |
Apesar das vantagens das aplicações portáteis, é importante lembrar que aplicações instaláveis são necessárias quando exigem uma estrutura mais ampla para funcionar corretamente. Por exemplo, o Ambiente de Desenvolvimento Android (Android Development Environment) não é compatível com uma versão portátil. Mesmo aplicações populares como o Photoshop têm uma versão portátil considerada “Lite” (mais leve).
As aplicações portáteis são ideais para tarefas simples e rápidas com pouco ou nenhum processamento. No entanto, quando se exige um grande poder de processamento, é mais comum desenvolver uma versão instalável. O futuro pode ver as aplicações portáteis a tornar-se o padrão. Com as aplicações web a ganhar poder dentro dos navegadores, esta mudança não é impossível. Contudo, a viabilidade de tornar uma aplicação portátil depende do desempenho e das suas necessidades.
No passado, o Windows 10 (versão Beta) tentou permitir aos utilizadores mover aplicações instaladas entre unidades, mas essa funcionalidade não foi implementada na versão estável. Isso demonstra a complexidade de implementar uma funcionalidade aparentemente simples.