Polo Bar da Ralph Lauren: Processo Acusa Assédio, Drogas e Álcool

Um proeminente processo federal trouxe alegações severas contra o exclusivo Polo Bar de Ralph Lauren na cidade de Nova Iorque, evidenciando reivindicações de um ambiente de trabalho profundamente problemático. O luxuoso estabelecimento, reconhecido pela sua clientela exigente, é acusado de promover uma cultura permeada por uso ilícito de drogas, consumo generalizado de álcool durante os turnos e assédio sexual sistêmico, o que poderia minar a sua reputação de serviço de alta qualidade e integridade operacional.

  • Um processo federal foi movido contra o Polo Bar de Ralph Lauren em Nova Iorque.
  • As alegações incluem uso ilícito de drogas, consumo de álcool durante o trabalho e assédio sexual sistêmico.
  • O ex-garçom Frank Nobiletti, de 42 anos, afirma ter sido demitido em retaliação por denunciar assédio.
  • O Polo Bar nega as acusações, declarando que a demissão de Nobiletti se deu por má conduta e que as alegações não têm mérito.
  • Inaugurado em 2015, o estabelecimento é conhecido por atrair uma clientela de alto perfil, incluindo celebridades e figuras políticas.

As Alegações Detalhadas

A ação legal, movida por Frank Nobiletti, um ex-garçom, alega que o Polo Bar era caracterizado por uma “cultura tóxica” onde o “uso desenfreado de drogas e consumo de álcool no trabalho” eram práticas comuns. Entre as alegações mais incomuns está a suposta prática de funcionários misturarem cocaína com água em borrifadores para ingestão transdérmica durante seus turnos. O processo detalha o uso aberto de cocaína tanto por gerentes quanto por garçons no trabalho, além de alegações de que um garçom vendia ativamente a substância dentro do estabelecimento.

Além do uso de drogas, a denúncia descreve extensas alegações de assédio sexual e práticas discriminatórias de contratação. Supervisores masculinos teriam apalpado funcionários sob o pretexto de inspeções de uniforme. Além disso, o diretor de hospitalidade internacional do bar, Darnell Dodson, é especificamente acusado de contratar homens atraentes, mesmo aqueles sem experiência, com a suposta intenção de buscar relacionamentos sexuais e, subsequentemente, conceder tratamento preferencial àqueles que consentiam. O processo também descreve um “Jogo de Avaliação” onde garçons masculinos supostamente julgavam clientes femininas por sua atratividade e faziam comentários sexuais explícitos.

A Versão do Ex-Funcionário

Nobiletti, de 42 anos, alega que sua demissão no ano passado foi uma retaliação direta por ter reclamado ao departamento de recursos humanos sobre o grave assédio sexual que sofreu. Embora os supervisores tenham citado o consumo de álcool como o motivo de sua demissão, Nobiletti sustenta que o consumo de bebidas e o uso de drogas ilícitas durante o horário de trabalho eram práticas comuns entre a gerência e a equipe desde a abertura do bar em 2015, geralmente sem consequências. Ele está buscando indenizações não especificadas através do processo federal.

A Resposta Oficial do Polo Bar

Em resposta às alegações, o Polo Bar emitiu um comunicado afirmando seus rígidos padrões de conduta para funcionários e sua política de tolerância zero para má conduta. O estabelecimento manteve que a demissão de Nobiletti foi baseada em “evidências claras de sua má conduta”. O comunicado afirmou ainda que todas as preocupações dos funcionários são levadas a sério e que uma investigação minuciosa concluiu que as alegações de Nobiletti “não têm mérito”.

Implicações para a Reputação e Governança

Desde a sua inauguração em 2015, em sua localização em Manhattan na East 55th Street, o Polo Bar cultivou uma imagem de destino de primeira linha, recebendo regularmente figuras de alto perfil, incluindo os atores Tom Hanks, Leonardo DiCaprio e George Clooney, bem como figuras políticas como o ex-presidente Bill Clinton, Hillary Clinton e a ex-vice-presidente Kamala Harris. Este processo judicial lança uma luz significativa sobre as responsabilidades de estabelecimentos de luxo em relação aos padrões do local de trabalho, ao bem-estar dos funcionários e às potenciais repercussões para a reputação e governança corporativa.