5 Melhores Fontes Online para Conselhos sobre Saúde Feminina

Apesar dos avanços científicos na área da saúde, o conhecimento sobre o bem-estar biológico feminino ainda é limitado. De maneira geral, as pesquisas focadas na saúde da mulher são consideravelmente menos numerosas em comparação com aquelas direcionadas à saúde masculina. A maioria das informações médicas disponíveis é, portanto, baseada em corpos masculinos.

Entretanto, um número crescente de profissionais da área da saúde tem se manifestado em favor de uma maior atenção e financiamento para a saúde feminina. Adicionalmente, estão sendo disponibilizados mais recursos para que o público possa se informar sobre a saúde da mulher, promovendo assim maior transparência em torno das pesquisas.

A seguir, explicaremos os motivos da existência dessa lacuna de gênero na saúde e apresentaremos fontes online confiáveis para que você possa se aprofundar no tema da saúde feminina.

Por que há uma carência de conhecimento sobre a saúde da mulher?

Historicamente, os corpos femininos (tanto de animais quanto de humanos) foram excluídos das pesquisas médicas por três razões principais:

  • Variações Hormonais: A ideia persistente de que os ciclos hormonais femininos eram um “obstáculo” para estudos controlados levou à exclusão de fêmeas humanas e animais, priorizando estudos exclusivamente com machos.
  • Gravidez: O risco de potenciais danos à gravidez gerou preocupações éticas em relação à utilização de mulheres férteis em ensaios clínicos.
  • Falta de Acessibilidade: Em pesquisas anteriores, quando se esperava que as mulheres fossem as principais cuidadoras, muitas vezes não era possível que comparecessem aos testes. A falta de opções acessíveis por parte dos pesquisadores resultou na priorização de homens nesses estudos.

Para saber mais sobre o viés de gênero na área médica e a falta de pesquisas sobre a saúde da mulher, visite o site da Academia de Ciências Médicas. Se você deseja se informar mais sobre a saúde da mulher nos dias atuais, incluindo as pesquisas e apoio existentes, os seguintes recursos online podem ser úteis.

1. Dra. Hazel Wallace – BSc, MSc, MBBCh (The Food Medic)

Conhecida por muitos como “The Food Medic”, a Dra. Hazel Wallace é médica e nutricionista. Abordando diversos temas de saúde, a Dra. Wallace é defensora da saúde da mulher e compartilha seu conhecimento profissional em diversas plataformas online.

Você pode encontrar a Dra. Hazel Wallace abordando a saúde da mulher e outros temas importantes de bem-estar nas seguintes plataformas:

  • Instagram. @thefoodmedic é a página oficial (com selo azul) da Dra. Wallace no Instagram, onde ela compartilha frequentemente dicas e informações sobre pesquisas e avanços na saúde feminina.
  • O Podcast Food Medic. Disponível no Spotify, Apple e Global, a Dra. Hazel convida especialistas para compartilhar informações baseadas em evidências sobre uma vida saudável, esclarecendo dúvidas comuns sobre bem-estar encontradas na internet.
  • O site Food Medic. De artigos e receitas gratuitas a webinars e cursos, encontre um vasto suporte à saúde da mulher no site oficial. É possível se inscrever na newsletter para receber informações sobre saúde feminina diretamente na sua caixa de entrada.

A Dra. Hazel Wallace também escreveu diversos livros, incluindo “The Female Factor”, disponível para compra no Kindle.

2. O NHS

O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) oferece um centro online de informações e apoio sobre saúde, bem-estar, condições e muito mais em sua página dedicada à saúde da mulher.

Se você procura informações sobre saúde feminina, o site do NHS oferece diversos recursos específicos para mulheres. Alguns dos tópicos abordados incluem:

  • Ciclos Menstruais: O NHS apresenta informações gerais sobre condições de saúde relacionadas à menstruação, incluindo adenomiose, endometriose e síndrome do choque tóxico. Rastrear a fertilidade e ovulação pode ser útil para cruzar as informações que você lê aqui com sua própria saúde.
  • Saúde Reprodutiva: Frequentemente um tópico tabu nas conversas cotidianas, aqui é possível obter informações sobre as condições que afetam os órgãos reprodutivos em um ambiente seguro.
  • TDAH e Autismo: Mulheres e meninas têm maior probabilidade de não serem diagnosticadas ou apresentar sintomas diferentes de condições neurodivergentes. O NHS oferece orientações para buscar aconselhamento e diagnóstico nessas situações.

Os recursos do NHS sobre saúde feminina podem fornecer um conhecimento mais profundo sobre seu corpo e bem-estar, e, com sorte, encorajá-la a conversar com seu médico de família sobre possíveis problemas de saúde.

3. O Gabinete de Saúde da Mulher

Criado em 1991 pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) dos Estados Unidos, o Gabinete de Saúde da Mulher tem como objetivo oferecer recursos abrangentes e apoio para questões de saúde da mulher. Nesse espaço, é possível encontrar informações e recursos baseados em evidências que promovem a saúde das mulheres nos EUA.

O Gabinete de Saúde da Mulher é um banco de dados realmente completo. Navegue pelo índice A-Z de tópicos de saúde para encontrar uma ampla variedade de assuntos abordados, como:

  • Doenças autoimunes e da tireoide.
  • Apoio à saúde mental (incluindo transtornos alimentares).
  • Fertilidade, infertilidade, ciclo menstrual e menopausa.
  • Semanas nacionais específicas para mulheres e meninas (incluindo a Semana Nacional da Saúde da Mulher).

No site, são disponibilizados materiais informativos e localizadores de centros de saúde para cada um dos tópicos listados.

O Gabinete de Saúde da Mulher também desenvolve uma série de atividades e programas para promover políticas e educar o público sobre a saúde feminina. Informações sobre essas atividades e formas de participação podem ser encontradas na seção “Sobre nós” do site.

4. Sociedade para Pesquisa em Saúde da Mulher

A Sociedade para Pesquisa em Saúde da Mulher (SWHR) é uma organização sem fins lucrativos, sediada nos Estados Unidos, que promove pesquisas e busca melhorar as necessidades de saúde exclusivas das mulheres por meio da ciência, da política e da educação. O objetivo final é popularizar a saúde da mulher (como deveria ser!).

No site da SWHR, você encontrará os seguintes recursos:

  • Informações sobre pesquisas em saúde da mulher: Aprenda sobre a lacuna de saúde para as mulheres e os marcos na “Inclusão de mulheres em pesquisa”.
  • Iniciativas de pesquisa: Fique por dentro das pesquisas em saúde da mulher no blog da SWHR.
  • Eventos: A SWHR organiza regularmente eventos científicos e políticos para aumentar a conscientização sobre as questões que afetam a pesquisa na área da saúde feminina.
  • Biblioteca de recursos: Encontre webinars, publicações, artigos revisados por pares, guias e ferramentas que promovem a conscientização sobre saúde da mulher e pesquisas sobre diferenças sexuais.

Você também pode se inscrever na newsletter da SWHR através do site para se manter atualizado sobre as últimas notícias e novidades na área da saúde feminina.

5. Revistas de Saúde da Mulher

Os sites de periódicos de acesso aberto gratuito não são exclusivos para estudantes. Eles oferecem um vasto acervo de informações atualizadas (e artigos mais antigos) sobre pesquisas na área da saúde feminina.

Utilizar sites de periódicos para encontrar informações sobre a saúde da mulher é uma ótima forma de se educar, pois você estará lendo relatórios e estudos científicos revisados por pares. Alguns sites de periódicos respeitáveis que você pode utilizar incluem:

A melhor maneira de aprender sobre a saúde da mulher é utilizar termos de pesquisa específicos para encontrar temas do seu interesse. Incluir palavras-chave como “pesquisa em saúde da mulher” e “diferença de gênero” pode ser útil nessa busca.

É possível se informar online sobre os avanços na pesquisa da saúde da mulher

Embora ainda haja um longo caminho a percorrer para a saúde da mulher, progressos têm sido feitos, e cada vez mais recursos estão sendo disponibilizados. Esperamos que os recursos acima sirvam como um ponto de partida para que você possa se informar sobre a saúde da mulher e se empoderar para cuidar da sua saúde.