Há alguns dias, tive o privilégio de conhecer e entrevistar Vedant Singh Thakur. A conversa foi extremamente enriquecedora, abordando temas como empreendedorismo, a mentalidade de um fundador e valiosas lições de vida.
Após este encontro com Vedant, afirmo com convicção que sonhos e paixão não são limitados por qualificações ou origens. Jovens de pequenas cidades também podem almejar grandes conquistas. A vida oferece inúmeras oportunidades; o segredo está em ter uma visão clara, empenho e uma paixão inabalável para concretizá-la.
Neste artigo, compartilharei minha experiência ao entrevistar Vedant, bem como os aprendizados que obtive. Estou certo de que todos encontrarão algo de valor aqui. Mas, antes de explorarmos os aprendizados, vamos conhecer um pouco sobre quem é Vedant.
Quem é Vedant Singh Thakur?
Vedant Singh Thakur é um engenheiro mecânico, empreendedor indiano e o fundador e CEO do My Content Cafe (MCC). O MCC é uma agência de marketing de conteúdo que atende mais de 50 clientes em diversos países, oferecendo serviços como marketing de crescimento, marketing de busca, crescimento em mídias sociais e consultoria de crescimento.
Ao longo de sua trajetória, Vedant tem demonstrado forte liderança, comandando uma equipe engajada e proativa. Sua presença emana um ar de conhecimento e experiência.
Imagino que estejam curiosos para conhecer as perguntas que fiz e as respostas que Vedant compartilhou. Portanto, sem mais delongas, vamos mergulhar nesta sessão de perguntas e respostas.
Apresento a vocês o “Behind The Boardroom” com Vedant Singh Thakur.
P: Qual foi o momento crucial em sua vida que o levou a iniciar sua empresa?
R: Essa foi a minha primeira pergunta, à qual Vedant respondeu com detalhes. Sua jornada empreendedora teve início na vibrante Mumbai, enquanto ele trabalhava em uma grande empresa de mídia e entretenimento.
Durante a pandemia, Vedant enfrentou um período de inatividade de seis meses. Foi nesse momento de reflexão e com o incentivo de amigos que a ideia do MCC nasceu.
Antes de fundar sua agência, Vedant trabalhou como freelancer na escrita de roteiros, habilidade que ele considera um de seus maiores trunfos. O resto, como dizem, é história. Vamos à próxima questão.
P: Se pudesse voltar no tempo, o que você mudaria em seu passado?
R: Sem hesitar, Vedant respondeu: “Eu teria começado mais cedo!”. Fiquei surpreso, mas ao ouvir sua explicação, entendi perfeitamente seu ponto de vista. A questão que me veio à mente foi: “Como alguém pode começar mais cedo sem experiência prévia?”
Vedant então explicou que uma forma de começar é realizar projetos gratuitos para aprimorar suas habilidades. Essa estratégia ajuda a construir confiança e a montar um portfólio para atrair clientes que estejam dispostos a pagar por seus serviços.
Outra questão levantada foi: “A experiência é fundamental?”. Vedant respondeu que, caso precise de recursos para o seu negócio, a experiência é crucial. Alternativamente, é possível construir um portfólio sólido para demonstrar seu valor aos clientes, gerando confiança.
P: Como líder, qual foi a decisão mais desafiadora que você já tomou?
R: Para Vedant, o maior desafio foi adaptar a cultura de trabalho após a pandemia, gerenciando equipes remotas e presenciais simultaneamente. No entanto, ao estabelecer KPIs (Indicadores Chave de Desempenho), o processo se tornou mais fluido e ele conseguiu extrair o máximo de sua equipe. Perguntei então: “Existe diferença entre o trabalho remoto e a produtividade no escritório?”.
Ele respondeu que tudo depende da pessoa e, principalmente, da forma como o líder gerencia a equipe. Segundo ele, “Empatia e Comunicação” são qualidades subestimadas que todo fundador deveria cultivar.
P: Qual foi o maior fracasso que você enfrentou e que acabou se tornando uma bênção disfarçada?
R: Vedant compartilhou um episódio envolvendo um cliente de alto valor, um contrato superior a US$ 10.000. Vedant e sua equipe tiveram que recusar o negócio por discordância de valores. O cliente queria que a Vedant and Co. se tornasse uma extensão de sua empresa.
Essa situação poderia prejudicar os clientes existentes e a reputação da empresa. Vedant acredita que é impossível entregar 100% se seus valores não estiverem alinhados com os do cliente.
P: Se você não fosse um fundador, qual seria sua profissão?
R: Vedant sorriu e disse que trabalharia na própria indústria da mídia, o que me lembrou do início de sua jornada. Um fato pouco conhecido sobre ele é que ele também é um ator treinado. Portanto, a atuação seria uma opção profissional.
P: Quais métodos você utiliza para lidar com o estresse?
R: É evidente que o estresse é uma constante na vida de um fundador. Vedant compartilha algumas de suas estratégias para relaxar: passar tempo longe de dispositivos eletrônicos e fazer viagens curtas com amigos.
Quando seus amigos não estão disponíveis, ele gosta de assistir documentários, o que, segundo ele, sua companheira considera entediante. Ao perguntar sobre seu filme/documentário/série favorita, ele mencionou “Ford vs Ferrari”.
P: Qual foi a viagem mais cara que você já fez?
R: Vedant respondeu: Dubai. Ele contou que “perdeu a cabeça” enquanto estava lá, gastando uma quantia que daria para uma pessoa comum fazer três viagens a Dubai.
Durante sua estada em Dubai, ele se permitiu esquecer que era um fundador e viveu intensamente aos 25 anos, fazendo compras e frequentando restaurantes sofisticados. Ele considera essa experiência um investimento valioso, como ele menciona em seu podcast.
P: Quais são os melhores e os piores aspectos de ser um fundador?
R: Essa foi uma das questões mais intrigantes do podcast. Segundo Vedant, a melhor parte de ser fundador é entender o jogo da indústria e se manter atualizado, pois haverá momentos em que será preciso apostar tudo. A emoção e a responsabilidade são fatores que tornam esse papel gratificante.
O pior aspecto é a necessidade de tomar decisões difíceis, seja em relação à equipe ou a clientes. Essas decisões podem ser duras, mas alguém precisa tomá-las.
P: Qual conselho você daria para a geração jovem e estudantes?
R: A resposta de Vedant se resume a uma palavra: “Explorar”. Seu conselho é não se deixar influenciar pela ascensão de jovens fundadores, mas explorar ao máximo, não confiar em ninguém, ir além de seus estudos e se aventurar em experiências locais.
Ao fazer isso, você pode descobrir sua verdadeira paixão e transformá-la em profissão. Anote seus interesses, filtre-os e persista. Foi assim que Vedant encontrou seu propósito e é assim que você também pode encontrá-lo.
P: Onde você visualiza você e sua empresa nos próximos cinco anos?
R: Essa é uma pergunta comum em entrevistas. Vedant disse que deseja ver sua empresa colaborando com startups e empresas da Fortune 500.
P: Qual tecnologia ou software você considera indispensável?
R: A resposta foi imediata: ChatGPT. A sala se encheu de risadas. A realidade é que abraçamos a inteligência artificial e ela se tornou parte de nosso cotidiano.
P: Como você vê o futuro com a presença da inteligência artificial?
R: Discutimos esse tema detalhadamente e, em resumo, Vedant acredita que precisamos nos adaptar às mudanças tecnológicas. A chave está em como utilizamos a inteligência artificial.
Não devemos usar a IA em 100% de nosso trabalho. Precisamos usar nossa inteligência e criatividade para realizar um trabalho melhor e mais completo.
P: Qual é o seu salário?
R: Sei que essa é uma questão que desperta curiosidade, mas acredito que não é algo que deva ser divulgado publicamente, já que os números podem mudar anualmente. No entanto, discutimos essa questão no podcast, caso você tenha interesse em saber.
Veredicto do Autor
Conhecer Vedant foi uma experiência enriquecedora, repleta de conhecimento, risadas e, acima de tudo, valores. Pessoalmente, obtive uma visão mais clara da mentalidade de um fundador e tenho certeza de que essa experiência ajudará todos vocês a compreender melhor o mundo do empreendedorismo.
Fique atento, pois traremos mais fundadores e compartilharemos seus conhecimentos e experiências no futuro.