Explorando as Melhores Distribuições Linux Derivadas do Debian
O Debian é reconhecido por sua estabilidade e tem sido a base para várias distribuições populares que oferecem excelentes opções para diversos usuários de Linux. Sua longevidade é um testemunho de sua qualidade, embora possa apresentar uma curva de aprendizado mais íngreme para quem está começando no mundo Linux.
A adaptabilidade do Debian permitiu que servisse como alicerce para outras distribuições, oferecendo uma experiência mais amigável para os recém-chegados ao Linux.
A seguir, uma seleção das melhores distribuições baseadas no Debian, conhecidas por seus recursos robustos e ambientes estáveis:
O Ubuntu é indiscutivelmente a distribuição Linux para desktop mais popular derivada do Debian, e isso não é por acaso. Ele se destaca por sua interface gráfica intuitiva e pelo suporte abrangente a drivers.
Tanto usuários iniciantes quanto experientes apreciam o Ubuntu por sua funcionalidade “pronta para uso”. Além disso, ele é amplamente adotado em servidores, incluindo provedores de nuvem como a Amazon.
O Ubuntu é construído com base no Debian Unstable, utilizando uma versão “instantânea” e aprimorando-a para uso geral. As versões de Suporte de Longo Prazo (LTS) recebem atualizações por cinco anos a partir de seu lançamento inicial, garantindo a estabilidade do sistema.
Apesar de sua popularidade, algumas decisões tomadas pela Canonical, empresa por trás do Ubuntu, como a migração de aplicativos importantes como o Firefox para pacotes Snap e a promoção do plano de suporte Ubuntu Pro no APT, geraram controvérsia na comunidade de usuários.
O Pop!_OS é uma versão modificada do Ubuntu, desenvolvida pela System76 para seus computadores Linux pré-instalados. Contudo, não é necessário possuir um equipamento System76 para utilizá-lo; o Pop!_OS pode ser baixado e instalado como qualquer outra distribuição Linux baseada em Debian.
A System76 posiciona este sistema operacional como ideal para áreas como STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e trabalho criativo. A interface apresenta vários atalhos e gestos que facilitam a abertura e a alternância entre janelas, permitindo que os usuários organizem as janelas lado a lado ou empilhadas com facilidade.
O Pop!_OS também oferece “kits de ferramentas” para áreas como ciência de dados, produção de mídia, engenharia e bioinformática, reunindo ferramentas populares como Blender, R e Jupyter, entre outras.
A distribuição oferece recursos especiais para proprietários de equipamentos System76, como a capacidade de baixar atualizações de firmware usando uma ferramenta exclusiva.
Ao pensar em uma distribuição Linux para desktop baseada em Debian, o Ubuntu costuma ser a primeira opção. O Q4OS se propõe a ser uma alternativa mais leve e enxuta ao Ubuntu.
Enquanto o Ubuntu é baseado no Debian Unstable, o Q4OS segue a versão estável. A interface padrão é o KDE Plasma, mas os desenvolvedores oferecem a opção de alternar entre diferentes ambientes de desktop, incluindo o Trinity, usando uma ferramenta chamada “lookswitcher”. É até possível executar Plasma e Trinity simultaneamente no Q4OS.
Embora possa parecer paradoxal descrever o KDE como um ambiente de desktop “minimalista”, isso pode dizer mais sobre a capacidade dos computadores modernos do que sobre a complexidade da interface.
Com o lançamento de novas distribuições Linux, alguns usuários sentem que muitas delas vêm com excesso de recursos, levando à criação de distribuições “mínimas”. O SparkyLinux é mais uma abordagem para desenvolver uma distribuição de desktop “minimalista”.
Assim como o Q4OS, o SparkyLinux busca uma experiência de desktop leve utilizando o ambiente LXQt por padrão, embora imagens com Xfce e KDE também estejam disponíveis. Ele é baseado diretamente no Debian, e não no Ubuntu.
O SparkyLinux oferece diferentes variações de desktop, incluindo: GameOver, focado em jogos; Multimedia para áudio, vídeo e desenvolvimento web; e Rescue para consertar sistemas que não inicializam. Uma versão MinimalCLI também está disponível, sem um servidor X.
O SparkyLinux permite que os usuários escolham entre uma versão “estável” ou a versão “rolling” de última geração, dependendo de suas necessidades por estabilidade ou pelos softwares mais recentes.
O Zorin OS é uma distribuição Linux baseada no Debian através do Ubuntu que busca proporcionar uma interface familiar para os usuários do Windows. A ideia é facilitar a transição para o Linux para aqueles que estão acostumados com o Windows ou macOS.
Muitos usuários também gostam de instalar o Linux em computadores mais antigos, e o Zorin OS oferece uma versão “Lite” especificamente para essa finalidade. O site oficial menciona o Windows 11 e sua exigência por um módulo TPM 2.0, que muitos computadores mais antigos não possuem.
É possível personalizar a aparência da interface para corresponder ao estilo do sistema operacional com o qual você está acostumado, seja Windows ou macOS. É até possível instalar aplicativos do Windows diretamente no Zorin OS. Ele também vem com drivers NVIDIA e ATI para jogos e pode ser integrado a smartphones de forma semelhante ao Windows e macOS.
O Zorin OS também possui uma versão “Pro” paga, que inclui layouts de área de trabalho adicionais, aplicativos extras e um aplicativo de anotações.
O Devuan é um fork do Debian que surgiu após a mudança do sistema init do Debian, do antigo sistema inspirado no Unix System V para o systemd. Esta mudança foi controversa na comunidade Linux por diversas razões, desde o inchaço do software até o comportamento dos desenvolvedores, o potencial para uma monocultura sistêmica e o domínio do projeto pela Red Hat (onde o systemd se originou).
Vários desenvolvedores do Debian deixaram o projeto e iniciaram o Devuan para promover o que chamam de “liberdade de inicialização”, lançando uma versão do Debian que não utiliza o systemd. Por padrão, o Devuan usa o sistema sysvinit, mas oferece outras opções.
Muitas empresas utilizam o Linux em seus servidores por sua segurança, mas a segurança só é eficaz se for bem implementada. Por isso, muitas organizações contratam testadores de penetração para tentar invadir seus sistemas. Se você deseja aprender como fazer isso, o Kali Linux é a sua distribuição ideal.
O Kali Linux já vem com centenas de ferramentas de teste de penetração, como o Nmap. Ele oferece um conjunto completo de ferramentas para testes de penetração em um ambiente Linux amigável. A documentação também é extensa, com “receitas” demonstrando como realizar diversas tarefas com o sistema operacional.
É importante lembrar que você só deve tentar realizar testes de penetração em máquinas e redes de sua propriedade ou para as quais você tenha permissão para tentar “hackear”.
O MX Linux se autodenomina uma distribuição Linux de “peso médio” que busca um equilíbrio entre as distribuições minimalistas e as mais completas, como o Ubuntu.
Por padrão, ele utiliza o ambiente de desktop Xfce, com opções adicionais como KDE Plasma e Fluxbox.
A distribuição é uma sucessora da distribuição original MEPIS, bem como do antiX. O nome é uma combinação dos nomes de ambos os projetos. Os desenvolvedores desta distribuição visam torná-la funcional tanto em computadores mais antigos quanto nos mais recentes.
O Deepin se descreve como “a principal distribuição Linux da China”, com foco em um público global.
A distribuição possui seu próprio ambiente de desktop, o Deepin Desktop Environment, juntamente com um conjunto de aplicativos próprios, incluindo um instalador de pacotes. A interface é visualmente atraente e o sistema subjacente é baseado no Debian.
O Bodhi Linux é uma distribuição minimalista baseada no Ubuntu. Ele se destaca por utilizar uma versão modificada do gerenciador de janelas Enlightenment em seu ambiente de trabalho. A distribuição vem com poucos aplicativos instalados, deixando os usuários livres para escolher as ferramentas que desejam. Ele é muito mais completo do que uma instalação padrão do Arch Linux. O navegador padrão é o Chromium.
O Linux Mint é uma distribuição que se propõe a ser completa “pronta para usar”, ainda mais do que o Ubuntu, no qual se baseia. Uma grande diferença em relação ao Ubuntu é que ele já vem com todos os codecs necessários para trabalhar com mídia, incluindo MP3, instalados por padrão.
Existem vários ambientes de desktop diferentes para escolher: Cinnamon, MATE e Xfce. Há também uma edição desenvolvida com base no Debian.
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Um Universo Debian a Ser Explorado
Mesmo dentro do Debian e do Ubuntu, não é obrigatório utilizar o sistema operacional padrão. Muitos usuários têm aproveitado a flexibilidade do Linux para modificar esses sistemas de acordo com suas necessidades e preferências, e os sistemas baseados no Debian não são exceção.
Existem inúmeras distribuições Linux para explorar, e é certo que haverá mais desenvolvimentos na base de código Debian/Ubuntu no futuro. Lembre-se de que a vasta oferta de sistemas operacionais gratuitos pode levar a uma tendência de “trocar de distribuição” com frequência.