Os Estados Unidos concederam uma prorrogação de 90 dias na re-imposição de tarifas escalonadas sobre as importações chinesas, um movimento que sinaliza negociações contínuas, embora complexas, na prolongada disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo. Este alívio temporário visa proporcionar espaço diplomático adicional, adiando um retorno a taxas mais elevadas que marcaram o pico das tensões no início deste ano e oferecendo uma calma provisória aos mercados globais.
- Prorrogação de 90 dias nas tarifas dos EUA sobre importações chinesas.
- Suspensão da re-imposição de tarifas mais altas até meados de novembro.
- Decisão baseada em discussões bilaterais e acordo de maio.
- Tarifas originais (abril): EUA 145% sobre bens chineses; China 125% sobre produtos americanos.
- Acordo de maio reduziu tarifas: EUA 30% sobre China; China 10% sobre EUA.
- Trump pediu à China para quadruplicar compras de soja, resultando em alta de preços.
Detalhes da Prorrogação e Impacto nas Tarifas
A decisão do Presidente Donald Trump, anunciada pela Casa Branca, suspende a reinstauração programada de tarifas mais elevadas até meados de novembro. Esta ação executiva segue discussões bilaterais recentes e se baseia em um acordo anterior de maio, que já havia resultado na redução de direitos punitivos. Sem esta última prorrogação, as tarifas teriam retornado aos níveis de abril, quando Washington impôs uma tarifa geral de 145% sobre bens chineses, acompanhada pelas taxas de 125% de Pequim sobre produtos americanos. O acordo de maio havia reduzido significativamente essas taxas, com as tarifas dos EUA sobre a China caindo para 30% e as tarifas chinesas sobre produtos dos EUA para 10%, oferecendo algum alívio às empresas afetadas.
A Dinâmica da Política Comercial e Demandas Específicas
Este último adiamento sublinha a natureza dinâmica e frequentemente imprevisível da política comercial da administração Trump, caracterizada por anúncios abruptos e subsequentes modificações ou suspensões de tarifas. Concomitantemente, o Presidente Trump pediu explicitamente à China para “quadruplicar” suas compras de soja dos EUA como parte das negociações em curso, uma medida destinada a reduzir significativamente o déficit comercial da China com os Estados Unidos. Após este pedido, os preços da soja em Chicago registraram um aumento. No entanto, a confirmação oficial sobre o acordo da China a esta demanda específica ainda não foi fornecida.