Seu iPhone Pode Ser Hackeado? Descubra os Riscos e Como se Proteger!

Os iPhones ganharam reconhecimento como dispositivos com foco em segurança, principalmente devido ao controle rigoroso que a Apple exerce sobre seu ecossistema. Apesar disso, nenhum dispositivo está imune a falhas de segurança. Surge então a questão: será que um iPhone pode ser invadido? E quais são os riscos envolvidos?

O Significado de “Hackear” um iPhone

O termo “hacking” é frequentemente utilizado de forma imprecisa. Tradicionalmente, refere-se ao acesso não autorizado a uma rede de computadores. No contexto de um iPhone, hacking pode englobar diversas situações:

  • Acesso a informações privadas armazenadas no iPhone de alguém.
  • Monitoramento ou controle remoto de um iPhone sem o consentimento ou conhecimento do proprietário.
  • Alteração do funcionamento de um iPhone através de software ou hardware adicionais.

Tecnicamente, adivinhar uma senha pode ser considerado um tipo de hacking. Instalar software de monitoramento para espionar as atividades de alguém também se enquadra no conceito. O jailbreak, que envolve a instalação de um firmware personalizado, é outra forma de hacking, embora seja uma prática comum entre usuários que desejam remover as restrições da Apple.

Malware também é um risco para iPhones. Já foram encontrados aplicativos maliciosos na App Store, assim como vulnerabilidades no navegador Safari, que permitiram a instalação de spywares capazes de burlar a segurança da Apple e roubar informações pessoais.

O universo do jailbreak é dinâmico, em constante disputa entre a Apple e os desenvolvedores de modificações. Manter o dispositivo atualizado geralmente garante proteção contra exploits baseados em jailbreak, mas não é motivo para baixar a guarda. Grupos de hackers e agências governamentais têm interesse em encontrar maneiras de contornar as proteções da Apple e podem descobrir novas vulnerabilidades a qualquer momento.

Controle Remoto de iPhones Não é Simples

A Apple não permite o controle remoto de iPhones por meio de aplicativos de acesso remoto como o TeamViewer. Enquanto o macOS inclui um servidor VNC para acesso remoto, o iOS não possui essa funcionalidade nativa. Portanto, controlar um iPhone de forma remota só é possível após o jailbreak. Apesar de existirem servidores VNC para iPhones com jailbreak, o iOS padrão não oferece essa opção.

O iOS utiliza um sistema de permissões robusto que exige a autorização explícita do usuário para que os aplicativos acessem serviços e informações específicas. Por exemplo, um aplicativo não pode acessar a localização ou câmera sem a permissão do usuário. Cada aplicativo opera em um ambiente de “sandbox”, separado do restante do sistema, limitando o acesso a informações pessoais e dados de outros aplicativos.

É crucial ter cautela com as permissões concedidas aos aplicativos. Alguns aplicativos podem solicitar acesso a contatos, mesmo que não seja essencial para seu funcionamento. Ao conceder essas permissões, o aplicativo pode usar as informações livremente, inclusive armazenando-as em servidores privados. Embora isso possa violar os termos da Apple, é tecnicamente possível. É mais provável que suas informações sejam expostas por aplicativos aparentemente “seguros” do que por fontes maliciosas. Reavalie as permissões de seus aplicativos regularmente e seja criterioso ao concedê-las.

A Segurança do ID Apple e iCloud

O seu ID Apple (a sua conta do iCloud) é um alvo mais vulnerável a acessos não autorizados do que o seu iPhone em si. Assim como outras contas online, as suas credenciais podem ser comprometidas. A autenticação de dois fatores (2FA) é uma proteção fundamental e deve ser verificada em Configurações > [Seu Nome] > Senha e Segurança > “Ativar autenticação de dois fatores”.

Com a 2FA ativada, ao fazer login na sua conta do iCloud, será necessário inserir um código enviado ao seu dispositivo ou número de telefone, mesmo que alguém saiba a sua senha. Entretanto, a 2FA não é infalível. Ataques de engenharia social podem ser usados para transferir números de telefone de um chip para outro, fornecendo a um possível invasor a peça final do quebra-cabeça para acessar sua vida online. Embora não seja motivo para pânico, é importante estar ciente dos riscos e manter a vigilância.

Software “Espião” para iPhones

O software “espião” é uma ameaça real para usuários de iPhones. Esses aplicativos exploram o medo e a paranoia, incentivando a instalação de software de monitoramento em dispositivos. Geralmente, são comercializados para pais preocupados e cônjuges desconfiados. Para funcionar em iPhones, esses aplicativos exigem jailbreak, o que torna o dispositivo mais vulnerável a problemas de segurança e incompatibilidade com aplicativos.

Após o jailbreak e a instalação do software de monitoramento, é possível espionar diversas atividades, como mensagens de texto, chamadas e fotos, por meio de painéis de controle web.

Esses aplicativos não funcionam nos iPhones mais recentes e o jailbreak é cada vez mais difícil, diminuindo a ameaça no iOS 13. No entanto, com novas evoluções no jailbreak, essas empresas podem voltar a comercializá-los. Espionar um ente querido não é apenas eticamente questionável (e ilegal), mas fazer jailbreak no dispositivo de alguém também o expõe a riscos de malware e anula a garantia.

Redes Wi-Fi: Uma Vulnerabilidade

Redes sem fio inseguras representam uma grande ameaça à segurança de dispositivos móveis. Hackers podem usar ataques “man-in-the-middle” para criar redes Wi-Fi falsas e inseguras, capturando o tráfego de dados. Ao analisar esse tráfego, eles podem ver informações confidenciais como senhas e credenciais de login. Evite usar redes Wi-Fi inseguras e esteja sempre atento ao usar redes públicas. Para uma proteção adicional, utilize uma VPN para criptografar o tráfego do seu iPhone.