Mini-LED: TVs com pretos mais profundos e preços acessíveis!

Os ecrãs mini-LED estão a conquistar o mercado com preços mais acessíveis. Esta tecnologia inovadora oferece um maior número de zonas de escurecimento local, proporcionando pretos mais profundos e um contraste superior. Vamos analisar isto com mais detalhe.

O que são Mini-LEDs?

Mini-LED é uma tecnologia de ecrã recente que promete níveis de contraste aprimorados e pretos mais intensos quando comparada com os painéis LCD iluminados por LEDs convencionais. Como o próprio nome sugere, os mini-LEDs são significativamente mais pequenos do que os LEDs tradicionais.

Diodos com dimensões inferiores a 0,2 mm são geralmente considerados mini-LEDs. Estes são usados para iluminar um painel LCD normal, tal como faria uma televisão tradicional com retroiluminação LED. A principal diferença reside no facto de que existe um número muito maior de mini-LEDs em comparação com os modelos de televisão mais antigos.

Apesar de a tecnologia mini-LED não conseguir igualar a qualidade de imagem de um ecrã OLED ou micro-LED, os modelos mini-LED têm um custo de produção muito inferior. Quanto maior for o painel, maior será a economia. A produção de televisores OLED de grandes dimensões ainda é um processo complexo e dispendioso.

Como é que a tecnologia Mini-LED melhora as TVs LED tradicionais?

A maioria dos modelos LCD modernos usa LEDs para retroiluminação. Ao iluminar um LED através de um painel LCD que exibe uma cena preta ou escura, os pretos tornam-se deslavados. O painel LCD tem um limite para o quanto consegue “bloquear” a luz LED que brilha por trás.

Para resolver este problema, os fabricantes de televisores implementaram o escurecimento local. Ao escurecer LEDs específicos por trás do painel LCD, os pretos parecem mais intensos, uma vez que há menos luz a interferir na imagem.

O problema reside no facto de que, devido às dimensões dos LEDs tradicionais, apenas um número limitado pode ser instalado por trás do painel. Um modelo padrão de 65 polegadas com iluminação LED da Vizio, como o PX65-G1 Quantum X, tem 384 zonas de escurecimento local, que correspondem essencialmente a LEDs individuais.

Em contrapartida, um mini-LED de tamanho comparável da TCL, o 65Q825 da Série 8, apresenta aproximadamente 1000 zonas de escurecimento local e dezenas de milhares de micro-LEDs. Isto resulta em pretos mais profundos e cenas escuras menos deslavadas, já que as regiões reguláveis são muito mais pequenas e proporcionam um controlo muito mais preciso sobre a imagem.

Isto torna a tecnologia mini-LED uma excelente alternativa entre os ecrãs tradicionais com iluminação LED e os ecrãs OLED ou micro-LED, a um preço competitivo.

Mini-LED vs. Micro-LED: Qual é a diferença?

Os micro-LEDs são ainda mais pequenos do que os mini-LEDs, com cada micro-LED a ser posicionado num pixel. A Samsung, que abandonou os mini-LEDs em prol dos micro-LEDs, usa três LEDs minúsculos por pixel nos seus atuais ecrãs micro-LED. Isto significa que cada pixel pode ser ativado ou desativado individualmente e exibir uma cor diferente em relação ao pixel adjacente.

Em última análise, esta configuração oferece o melhor em termos de taxa de contraste e controlo de cor. A desvantagem é que os ecrãs micro-LED ainda são muito caros de produzir. Um televisor micro-LED 4K requer 25 milhões de micro-LEDs, e o processo de fabrico é complexo. Isto significa que a tecnologia ainda não é viável devido aos elevados custos de fabrico.

Contudo, esta situação poderá mudar em breve: a empresa de estudos de mercado IHS Markit prevê uma redução drástica nos custos de fabrico de painéis micro-LED, o que deverá levar à venda de aproximadamente 15,5 milhões de ecrãs anualmente até 2026 (em comparação com apenas 1000 em 2019). Este número não inclui apenas televisores, mas também smartphones, wearables e outros dispositivos.

O OLED (díodo orgânico emissor de luz) é uma tecnologia de ecrã semelhante ao micro-LED, uma vez que permite que cada pixel emita a sua própria luz. É por isso que os ecrãs OLED oferecem atualmente os pretos mais profundos e o contraste de cor mais nítido no mercado de consumo. Também são dispendiosos, mas o preço de produção tem vindo a baixar consideravelmente desde a sua introdução.

É possível comprar TVs Mini-LED atualmente?

A TCL foi o primeiro fabricante a lançar televisores mini-LED no mercado, com os seus modelos da Série 8 em outubro de 2019. O modelo mais pequeno de 65 polegadas (65Q825) foi lançado por 1999 dólares, enquanto o modelo maior de 75 polegadas (75Q825) começou a ser vendido por 2999 dólares. Ambos estão disponíveis exclusivamente na Best Buy com desconto. Na CES 2020, a TCL anunciou que os mini-LEDs também estarão presentes nos seus modelos da Série 6.

Embora o modelo mais pequeno de 65 polegadas não ofereça grandes poupanças em comparação com os ecrãs OLED de dimensões semelhantes de fabricantes como a LG, o modelo de 75 polegadas representa um excelente valor, considerando o custo elevado dos grandes ecrãs OLED. O ecrã OLED comparável mais barato disponível atualmente na Best Buy custa uns impressionantes 4300 dólares (em promoção) para o modelo de 77 polegadas, o LG B9.

A TCL parece ser a única empresa que lançou ecrãs que usam esta tecnologia até agora. A tecnologia mini-LED é recente, portanto, ainda é difícil encontrar televisores mini-LED específicos para compra. Isto é evidente pelo facto de que os televisores mini-LED são atualmente agrupados com as categorias regulares de LED ou QLED durante as compras online.

Se pretende um televisor mini-LED, terá de escolher a TCL por agora ou aguardar por outras empresas que decidam apostar nesta tecnologia. É possível que os mini-LEDs continuem a ser uma escolha um tanto desconhecida, enquanto empresas como a Samsung avançam com a adoção dos micro-LEDs, evitando completamente esta tecnologia (tal como fizeram com o OLED).

Deverá comprar Mini-LED, OLED ou QLED?

A tecnologia de ecrã que escolher depende de alguns fatores principais, como o preço, o tamanho do painel, o brilho e a qualidade geral da imagem.

Se o dinheiro não for um problema, os ecrãs micro-LED são a melhor escolha. Estes oferecem todas as vantagens do OLED, com um ecrã mais brilhante e sem o risco de burn-in. Infelizmente, nenhum ecrã micro-LED está à venda para os consumidores neste momento, e poderá demorar mais de um ano até que isso aconteça.

O OLED é a segunda escolha lógica. Cada pixel num ecrã OLED consegue gerar a sua própria luz, o que significa pretos profundos, contraste nítido e nenhum efeito de “halo” como o que se vê nos televisores LED com escurecimento tradicional. Também é caro, mas os preços continuam a cair. Os painéis OLED estão disponíveis nos tamanhos de 55, 65, 77 e 88 polegadas.

O mini-LED oferece uma alternativa competitiva ao OLED, proporcionando algumas das vantagens sem o custo associado aos painéis de grandes dimensões. Uma vez que cada pixel não cria a sua própria luz, os pretos profundos e o contraste nítido não atingem o mesmo nível do OLED, mas são muito melhores do que os oferecidos pela tecnologia LED tradicional. Para painéis maiores, pode poupar milhares de euros ao optar pelo mini-LED. Esta vantagem deverá tornar-se ainda mais evidente com o lançamento de novos modelos no mercado.

Depois, há o QLED, onde o Q significa Quantum Dots. Essencialmente, trata-se de uma camada com pequenas nanopartículas emissoras de luz, que também tenta imitar a tecnologia OLED. Não atinge os mesmos resultados que o mini-LED e o OLED, mas o QLED consegue produzir uma imagem mais brilhante do que o OLED. Além disso, estes ecrãs são muito mais baratos do que os ecrãs OLED, especialmente para painéis de grandes dimensões, uma vez que o seu fabrico é muito mais simples.

Por último, temos os painéis LCD com iluminação LED padrão, que são os ecrãs mais baratos disponíveis no mercado. É possível notar um escurecimento irregular da retroiluminação, mas os painéis LCD também podem apresentar brilho e cores vibrantes se estiver disposto a gastar um pouco mais. O nosso conselho (para todos os ecrãs) é vê-los pessoalmente antes de comprar, para que possa comparar as opções e tirar as suas próprias conclusões.

O futuro é brilhante (e muito escuro)

A tecnologia mini-LED é apenas uma das muitas tecnologias de ecrã que estão a ganhar terreno no mercado. A TCL deu um passo em frente com a sua Série 8, que oferece uma alternativa real aos ecrãs OLED a um preço muito mais acessível ao consumidor.

No final, existem alguns aspetos a ter em conta ao comprar um televisor, mas não se esqueça dos mais importantes: o seu orçamento e o tamanho do painel que pretende. E lembre-se: se for comprar um televisor principalmente para jogos, as suas prioridades serão ligeiramente diferentes.